Como estratégia para frear o avanço da Dengue em Japaratinga, técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) iniciaram a instalação de 800 armadilhas para captura de larvas do mosquito Aedes Aegypti. A ação, realizada em parceria com agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), aconteceu nesta quarta-feira (22), na zona urbana, e irá contemplar todo o município, que possui 7.200 habitantes.
Por meio das armadilhas, a Sesau pretende evitar que os ovos eclodam e se transformem em novos mosquitos, que transmitem a doença e podem desencadear uma epidemia em Japaratinga. Os trabalhos foram acompanhados pelo supervisor de área da Vigilância Epidemiológica Estadual, Aparecido Pinto, que orientou os técnicos a instalarem as armadilhas corretamente.
“Já está comprovado que as armadilhas realmente surtem efeito, já que elas atuam como atrativo para o Aedes Aegypti. Dessa forma, estaremos retendo as larvas e evitando que elas eclodam e se transformem em novos mosquitos, que são vetores naturais da Dengue”, destacou Aparecido Pinto.
As armadilhas estão sendo afixadas ao lado de caixas, tonéis e recipientes que naturalmente são utilizados para armazenar água potável. Isso porque, esses locais são propícios para a proliferação das larvas do mosquito, que prefere depositar seus ovos em água limpa e parada.
Eficaz e barata
De acordo com o técnico em Entomologia da Sesau, Paulo Pedro dos Santos, as armadilhas instaladas em Japaratinga têm grande custo benefício, “por terem grade eficácia e serem baratas, já que a confecção de 800 delas custou apenas R$ 70 e cada uma é capaz de capturar até 120 ovos, num período de cinco dias”. Para confeccioná-las são utilizadas garrafas pet de refrigerante de dois litros, uma paleta de madeira de cinco centímetros, um clip, um pedaço de cordão de nylon, além de tinta preta.
“Montamos as armadilhas, colocamos uma mistura de feno com água, que é atrativo para o Aedes Aegypti, e deixamos na residência. Num prazo de até cinco dias, os agentes de endemias retornam às residências e recolhem as paletas que estavam fixadas nas armadilhas. Elas são levadas para a sede da Vigilância Epidemiológica e os ovos são destruídos”, informou o técnico da Sesau, ao esclarecer cada uma é fixada em uma distância de 100 metros, compreendo até 30 residências.
A primeira moradora de Japaratinga contemplada como a nova armadilha foi a dona de casa Maria do Carmo Buarque. Ela assegurou que adota todos os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, mas, como foi detectado que o armazenamento de água é feito em baldes, a armadilha foi fixada no quintal para capturar as larvas.
“Tomo todos os cuidados, mas creio que esta armadilha irá ajudar a proteger ainda mais a minha família”, declarou a moradora, em conversa com os técnicos da Sesau, prometendo recolher os vasilhames de água que foram flagrados em seu quintal.
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